segunda-feira, 11 de março de 2013

a difícil Letra fácil e outras coisas no divã

Cápsulas de Colagem com Sônia Magalhães, v.3a


Terceira semana de oficina e a atividade para-casa envolvia uma experiência com recortes de letras, papéis coloridos, fontes impressas e um faz-favor da professora: deixar de lado o significado linguístico das palavras para observar os atributos gráficos do material que nos cerca... Até ganhamos um conjunto de três simpáticas famílias de letras transferíveis.  
Quem disse ‘simpáticas’ por aqui? Desde os tempos de arte publicitária (1991, ãhan), jamais pensava em vê-las pela frente ou usar uma camiseta com a frase “LetraSet, eu te odeio!”

Transpirei frio, gelei e congelei. Uma oficina de colagem com Sônia Magalhães também vale por uma sessão TVP, ou seja, Terapia de Vidas Passadas. E já que era para colocar alguns pontos fora dos iii e outras coisas em revista, saí à caça de revistas impressas; visitei a caçamba de lixo reciclável do prédio onde vivo; amigos e vizinhos ajudaram a transformar minha sala em um depósito de materiais para recortar. Yes, pela primeira vez, a tesoura!

De quarta-feira à domingo, duas ou três ideias se aproximaram. Mas, fui ficando murcho e nostálgico. Que saudades do Mappin! E da breve estadia da Dillard’s no Brasil e sua letra D, dos papéis de presente estampados e de embrulho, do tempo quando o jornal era just preto-&-branco, das revistas diagramadas fora do computador. E revistei semanários, publicações específicas para públicos específicos, revistas de design e decoração sem coração ou design. As letras andam ‘tão iguais, apertadas entre si, com efeito de sombra, sem charme, sem sussurrar pelas dobras das páginas: “Corte-me e me guarde!”

E aí?

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